segunda-feira, maio 08, 2006

A imagem..., sempre a imagem...

Na sociedade actual a imagem e a atitude ditam as regras. Esta realidade é válida também no universo laboral. Apenas alguns segundos é de quanto precisamos para formar uma impressão sobre alguém. E se há alguns anos um bom profissional se media essencialmente pela sua formação e percurso profissional, hoje para vencer no mundo do trabalho é necessário que se preocupe também com a sua aparência e postura. Ambos podem ser o seu passaporte para o sucesso.

A conjuntura actual posiciona o «marketing» pessoal como uma ferramenta de gestão determinante para o sucesso e evolução profissional. Simples mudanças de atitude podem garantir-lhe a progressão na carreira ou a conquista do tão ambicionado emprego. E os trabalhadores portugueses já compreenderam a importância da sua imagem. Segundo Luís Filipe Pinto, especialista em marketing da empresa de «executive search» MRI Worldwide, «fruto de um mercado mais competitivo, o posicionamento dos profissionais ao nível da construção da sua carreira passa cada vez mais pela conjugação de factores que visem a melhoria da sua imagem pessoal e da sua adequação às organizações que servem». O responsável acredita mesmo que «a ausência deste tipo de posicionamento, denota não só uma curva de evolução profissional atípica consubstanciada pela estagnação prematura, mas também a própria rejeição do mercado perante estes perfis». Um bom projecto de «marketing» pessoal deve levar os outros a reconhecer as qualidades de determinado profissional. Mas para tal, é necessário que o indivíduo saiba reconhecer as suas características mais competitivas e aprender a realçá-las, minimizando as suas fraquezas.

Há no entanto profissionais que optam por ficar à margem do «marketing» pessoal, acreditando que toda a organização conhece as suas capacidades. Um erro de palmatória, já que muitas vezes bons profissionais não evoluem na carreira devido ao seu «low-profile». «A imagem é um valor acrescentado para as pessoas e existem casos de trabalhadores tecnicamente muito bons que não chegam longe profissionalmente por causa da sua imagem», refere Maria Duarte Bello, professora universitária que já há alguns anos trabalha em «coaching» e gestão da imagem. A actividade que desenvolve define-a como «um aliar do ‘coaching' que é um treino de competências profissionais e pessoais, à gestão da imagem que pode ser trabalhada e melhorada». No seu dia-a-dia são várias as pessoas que a procuram por se sentirem insatisfeitas com a sua imagem ou porque querem trabalhá-la com vista a obter determinados objectivos, como por exemplo, alcançar um posto mais elevado na sua hierarquia profissional. «Interessa que o profissional transmita uma imagem de credibilidade e confiança», salienta Maria Duarte Bello. Deve ainda coadunar-se com a função que desempenha e com a cultura da organização na qual se insere. Gestores de topo e políticos são alguns dos profissionais que têm procurado os conselhos desta especialista. Na prática e para este trabalho funcionar «o interessado deve saber o que quer, estabelecer um plano e cumpri-lo».

Até aqui o «feedback» dos seus clientes tem sido positivo e a mudança operada leva-os a atingir os seus objectivos. Mas estas questões não são apenas importantes para quem já está a exercer uma actividade. «Numa situação de entrevista a imagem do candidato pode ser determinante para a sua escolha», acrescenta Maria Duarte Bello. Uma vez dentro da organização, Luís Filipe Pinto refere que há factores que indiciam uma má imagem do profissional. «Os baixos índices de interacção e relacionamento pessoal, a baixa taxa de responsabilização por insucessos pessoais e profissionais justificados por contextos adversos e os baixos índices de compromisso com os projectos da empresa», são indício de uma má gestão da imagem.

Verena Santos, psicóloga, professora universitária e formadora na área comportamental, explica que «a imagem como um todo reflecte os nossos princípios, valores e é um espelho do nosso desempenho». Na sua opinião e nas organizações esta é muito importante e a imagem a cultivar deve ser a da verdade. «Quando não se é verdadeiro e projectamos algo que não somos, a realidade acaba sempre por sobressair. Questões como a afirmação pessoal e a coerência são importantes por exemplo em termos de liderança. Um líder que exige aquilo que não faz, passa uma imagem de incoerência e dificilmente será seguido», explica a psicóloga.

in, www.expressoemprego.clix.pt

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Isto é uma vergonha.

segunda-feira, maio 08, 2006 3:15:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

sim, mas cada vez mais real e presente nos nossos dias. E quem não alinhar no sistema, está fukado...
Cada vez mais o mundo é daqueles que só se preocupam com a imagem, bem mais do que com o seu profissionalismo.

segunda-feira, maio 08, 2006 3:22:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

concordo! ou seja, não acho justo ,mas de facto a realidade mostra que a sociedade, toda ela e não só no campo profissional cada vez mais considera a imagem como determinante!
Quantos de nós não ficaram já à porta de uma disco sem conseguir entrar, mesmo que bem vestidos, apenas por nao corresponder à imagem que os porteiros esperam?

terça-feira, maio 09, 2006 9:26:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

concordo! ou seja, não acho justo ,mas de facto a realidade mostra que a sociedade, toda ela e não só no campo profissional cada vez mais considera a imagem como determinante!
Quantos de nós não ficaram já à porta de uma disco sem conseguir entrar, mesmo que bem vestidos, apenas por nao corresponder à imagem que os porteiros esperam?

terça-feira, maio 09, 2006 9:26:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

sim, é a realidade da sociedade actual...

terça-feira, maio 09, 2006 10:09:00 da manhã  

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