terça-feira, janeiro 17, 2006

Ética em campanha? O que é isso?

Em resposta a um respeitado amigo e a um post da sua autoria, "Ética em campanha", no blog http://ar_fresco.blogspot.com.

Achei interessante a temática trazida por este nosso amigo, mas independentemente de todos nós sabermos o estado em que está o país e, além disso, saibamos que, infelizmente, continuaremos assim, uma vez que não existem "Dons Sebastiões"..., é inadmissível e imperdoável que nos continuemos a deixar enganar e a desculpabilizar os políticos, campanha, após campanha..., pelas suas mentiras, promessas eleitorais e populismo..., sob a capa de um "mal menor".
Uma campanha séria e ética terá sempre que passar pela verdade, independentemente das suas consequências. Só assim se poderá começar a "limpar a casa".
Se os portugueses sabem que estão a ser enganados tambem saberão quando não o estão a ser... ou não?
O que será preferível? Uma campanha séria e honesta ou uma campanha populista?
Parece indiferente para o TA, parece que, desde que os portugueses saibam o que se passa por aí e que não sejam "ingénuos"... não interessa o que os políticos dizem, prometem ou falam...!
Vejamos o caso Sócrates. Muito falou o actual primeiro ministro de Durão Barroso e as suas mentiras, de Pedro Santana Lopes e o seu populismo. E agora? Como é Sr. Sócrates? O que dizer de si próprio?
Onde estão os 150.000 empregos? Onde está o não aumento de impostos? Onde está o choque tecnológico? Onde está o desemprego a descer? Onde está a economia a crescer?
Não está em lado nenhum porque, infelizmente, tudo o que disse foi mentira, é mentira...!
Só me resta dizer: ética em campanha? O que é isso?

23 Comments:

Blogger TA said...

Assim sendo, em quem votarias nas últimas eleições legislativas: na retoma de Santana ou nas promessas de Sócrates. Ambos prometiam bonança...

E não podemos esquecer as estratégias de Marketing que manipulam imagem e ideias. Os media que criam circos de arruadas, como se houvesse realmente emoção e esperança nas campanhas.

Então e se analisarmos todos os programas eleitorais desde a Revolução, em que ficamos? Foram todos mentirosos?

E tu? ou eu? Quando estivemos em cargos dirigentes e de responsabilidade, cumprimos todos os objectivos e "promessas" a que nos propusemos? Ou estávamos a ser mentirosos? Tu estavas? Julgo que não...

quarta-feira, janeiro 18, 2006 10:47:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Mas a questão aqui não é essa, a questão central é que parece que devemos aceitar isso como certo, passivamente, que nos mintam descaradamente. E é aqui que a minha opinião diverge da tua. è que acho íncrível que se prometam coisas que se sabe, à partida, que não se vão cumprir, vide choque fiscal de Durão Barroso e os 150.000 empregos de Sócrates.
Aqui estou como o Garcia Pereira, deveria haver consequencias para este tipo de comportamentos e, automaticamente, demitia-se o primeiro ministro por não cumprir o que disse e por ser mentiroso!
he he

quarta-feira, janeiro 18, 2006 11:01:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Eu não percebo é porque ainda vão votar. Vou continuar a minha batalha de tornar a abstenção em 95%!

quarta-feira, janeiro 18, 2006 11:37:00 da manhã  
Blogger TA said...

Mvp,

não me respondeste à questão de como é que organizaste as tuas campanhas... Não querias ganhar? cumpriste tudo o que prometeste? As tuas promessas eram todas exequíveis? (p.ex., sabias que dinheiro irias ter ao teu dispor, ou se era possível angariar todo o necessário)

Anonymous,

O que é que ganhas com 95% de abstenção? Preferes a anarquia (vide Iraque)?

quarta-feira, janeiro 18, 2006 12:04:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

não me lembro de uma promessa que tenha feita e que não tenha sido cumprida, talvez a iras me possa contrariar...
mas foram sempre coisas que sabia que seriam perfeitamente exequíveis...!
Agora o que estamos a falar são de mentiras descaradas..., mas alguém achava possível que , da noite para o dia, o sócrates iria criar 150.000 empregos??? claro que não.

quarta-feira, janeiro 18, 2006 12:27:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

concordo k a politica hoje em dia, e cada vez mais caminha pra um show off escarado, apoiado em hábeis campanhas de marketing , mais até do k ideias políticas!e por vezes uma frase certeira na opiniao publica ( "150000 empregos" ) aliada a uma imagem bem construída pode decidir tudo!
a solução apenas pode residir na mobilização de todos:o alheamento apenas conduz á eleição dakeles k nao keremos ver eleitos, o afastamento da população da vida politica, partidária etc transforma cada vez mais a politica numa revista cor de rosa k luta por audiencias!!

quarta-feira, janeiro 18, 2006 12:35:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

concordo ctg iras!!!

quarta-feira, janeiro 18, 2006 1:22:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A parte final do post é altamente demagógica... a única crítica objectiva é a do não aumento dos impostos, quase tão grave como a do Durão. Também se podia falar dos escândalos dos jobs para os amigos, claro está.

De resto, o mandato tem quatro anos, vocês esperam resultados de políticas macroeconómicas (emprego, crescimento) ao fim de uns mesinhos...? Vocês são economistas, tenham mais calma nestas análises coladas às da imprensa sensacionalista...

quarta-feira, janeiro 18, 2006 1:42:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Para o Telmo e o que ganhas em votar? Nos EUA 50% foi o recorde de votantes, acho que os camones sao mt praticos e ja se mentalizaram que quem ta no poder nao procura o bem comum por isso fazem mais é pelas suas vidinhas...relativamente aos propalados 150000 empregos que a Laranjinha MPV nao para de referir, gostava de salientar que a promessa foi feita para a legislatura, te lá calma.

quarta-feira, janeiro 18, 2006 1:43:00 da tarde  
Blogger TA said...

Mas eu nem sequer falava em medidas concretas, nem de Sócrates. Falava apenas da campanha e das promessas e como os eleitores se relacionam com os candidatos.

Ou seja, quando vou votar vou porque ele é da minha cor política (clubismo)? porque acredito nas suas promessas?

Por eemplo, neste momento falava-se num semipresidencialismo cavaquista, quem sabe alterando a Constituição. O que eu pergunto é: Cavaco vai mesmo mexer na constituição para alteração dos seus poderes? Não me parece... Mas se fosse, acham que o ia dizer em campanha?

quarta-feira, janeiro 18, 2006 2:00:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

concordo com o post do IA. Bom

quarta-feira, janeiro 18, 2006 2:36:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Veremos os 150.000 empregos que ele irá criar!!!
:):):)
e o que disse foi apenas centrado nas promessas eleitorais que esse Sr. fez...
e que não vai cumprir, todos nós sabemos disso.
Mas ok, vamos aguardar! vamos dar o benefício da dúvida que outrora não se deu :):):):):):):):)

quarta-feira, janeiro 18, 2006 3:27:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Emprego - na semana em que se fala do provável investimento do IKEA, intermediado pelo governo, não é oportuno fazer essa crítica...

Onde está o choque tecnológico - está na resolução do conselho de Ministros nº 190/2005, publicada em 16 de Dezembro (e já arrancou, como sabemos pela imprensa)

A economia a crescer - nas várias previsões; muito pouco, de facto, mas com uma governação efectiva de meia dúzia de meses em 2005, acho que até o primeiro governo do Guterres tem mais influência no crescimento de 2005 que o do Sócrates.

Portanto não acho que a mentira esteja a dominar assim tanto este executivo. É cedo, mas para já aposto numa governação bem melhor que qualquer uma das três anteriores (Santana, Durão e Guterres)

Quanto aos benefícios da dúvida, outrora já se deram e outrora já se tiraram. É um benefício que tem de ser ganho através de credibilidade, não é um benefício divino, permanente e igual para todos.

quarta-feira, janeiro 18, 2006 3:43:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

o último anpnymous era eu, l.a., desculpem :)

quarta-feira, janeiro 18, 2006 3:44:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

hmmm...
bem me parecia que não era o tom de linguagem do andrew :):)
estamos só a falar de coisas boas, não é, abrantes?
caso iberdrola, caso casa almeida garret do ministro manuel pinho (esta aqui acho hilariante), aumento do iva, caso ota e tgv, ainda sem uma única explicação por parte de ninguém, faz-se e acabou..., nomeações políticas engraçadíssimas, caso armando vara, caso correia de campos, bom, enfim, uma série deles que nem adianta estar aqui a discorrer sobre todos eles...
Se apostas eu não, não te quero a perder dinheiro...:):):)

quarta-feira, janeiro 18, 2006 4:03:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

MPV, referes casos polémicos, escândalos, muitos pontos para discutir, de certeza que nalguns estamos de acordo, noutros creio que não.

Mas o que é certo é que nada disso tem a ver com o incumprimento das referidas promessas eleitorais ou com o tema do post original(excepto o dos impostos, que eu já referi). Eu não defendo o governo, defendo a imparcialidade da análise. E como achei que o post mandava umas farpas ao lado e injustas, comentei. E até agora não fui desmentido, pelo que talvez o autor do post tenha reconhecido que existe mesmo um plano tecnológico, que o governo só tem meses de vida, etc. Se assim for, já valeu a pena o meu comentário.

E já agora, para onde vai a tua aposta então: Guterres, Durão, Santana e Sócrates. Qual ficará na história como o melhor p.m./executivo?

quarta-feira, janeiro 18, 2006 4:35:00 da tarde  
Blogger TA said...

Sócrates, sem dúvida pela coragem de tomar decisões! Mesmo que erradas.

Não teve problema em aumentar impostos antes das autárquicas e de apresentar outros projectos polémicos (ota e tgv) antes das presidenciais.

Quanto ao conceito de mentira ele é relativo. Se eu disser que daqui a quatro anos vou ser director (o que não dependerá só de mim, mas de muitos factores externos) chamas-me mentiroso ou hipócrita?

A questão é que as promessas eleitorais funcionam como objectivos e não como medidas concretas. Quando prometes que o país vai crescer e o desemprego diminuir podes definir metas, mas não és obrigado a lá chegar. Os 150.000 são a meta: esperemos todos que ele lá chegue!

quarta-feira, janeiro 18, 2006 4:41:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

vai para cavaco silva! tirando esse, e o santana que não posso incluir nesta análise, não seria justo, Sócrates, até agora! :)

quarta-feira, janeiro 18, 2006 4:58:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

pra mim sem dúvida alguma: Garcia Pereira! pela coragem de denunciar os interesses instalados na comunicação social e pela presença forte e decisiva na minha escolha e de mtos portugueses nesta campanha presidencial: PCTP MRPP NUNCA!!! ;)))

quarta-feira, janeiro 18, 2006 6:30:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"sem dúvida pela coragem de tomar decisões", alguem me defina o que entende por coragem? PLEASE..

quarta-feira, janeiro 18, 2006 7:12:00 da tarde  
Blogger TA said...

Anonymous,

A coragem é tu tomares uma decisão necessária que vai afectar muita gente, que não é popular. Em política, acredita, isto é um acto de coragem.

quinta-feira, janeiro 19, 2006 10:44:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Ah, do tipo começar uma guerra e não mandar para a morte os meus filhos mas sim os filhos dos outros? Acho que esta é a atitude que mais define o politico...

quinta-feira, janeiro 19, 2006 2:43:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

isso sao os politicos americanos!america suks!! ;)

quinta-feira, janeiro 19, 2006 5:37:00 da tarde  

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